15/05/2010
CARTA ENDEREÇADA AOS JOVENS DO BRASIL
Meu nome é  Patrícia, tenho 17 anos, e encontro-me no momento quase sem forças, mas  pedi para a enfermeira Dani, minha amiga, para escrever esta carta que  será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde  demais. 
  Eu era uma jovem "sarada", criada em uma excelente família de classe  média alta de Florianópolis. Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma  grande estatal, e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar  tudo de bom e o que tem de melhor, inclusive liberdade que eu nunca  soube aproveitar. 
Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para  modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso  que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também  selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo. Sempre me  destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava.  Estudava no melhor colégio de "Floripa", Coração de Jesus. Tinha todos  os garotos do colégio aos meus pés. 
 Nos finais de semana freqüentava  schoping, praias, cinemas, curtia com minhas amigas tudo o que a vida  tinha de melhor a oferecer a pessoas saradas, física e mentalmente. 
 Porém, como a vida nos  prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 1994. 
 Fui com uma turma de  amigos para a OCTOBERFEST em Blumenau. Os meus pais confiavam em mim e  me liberaram sem mais apego. 
 Em "Blu", achei tudo legal, fizemos um esquenta  no "Bude,"famo-so barzinho da Rua XV. À noite fomos à "PROEB" e no  "Pavilhão Galegão" tinha um "show maneiro" da Banda Cavalinho Branco.  Aquela movimentação de gente era "trimaneira". 
 Eu já tinha experimentado  algumas bebidas, tomava escondido da mamãe o Licor Amarula, mas nunca  tinha ficado bêbada. 
 Na quinta feira, primeiro dia de OCTOBER, tomei o  meu primeiro porre de CHOPP, que sensação legal, curti a noite inteira  "doidona", beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o  CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os "meganha",  porque menor não podia beber; mas a 5 gente bebeu a noite inteira e os  "Otário" não percebiam. 
 Lá pelas 4 h da manhã, fui levada ao Posto Médico,  quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros. 
 Deram-me umas injeções de  glicose para melhorar. Quando fui ao apartamento quase "vomitei as  tripas", mas o meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte  aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles com tensão  "pregmestru". 
 No sábado conhecemos uma galera de S. Paulo, que alugaram "apê  " no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo  apresentada ao meu futuro assassino.  
 Bebi um pouco no sábado, a festa não  estava legal, mas lá pelas 5.30hs da manhã fomos ao "apê" dos garotos  para curtir o restante da noite. 
 Rolou de tudo e fui apresentada ao  famoso baseado "Cigarro de Maconha", que me ofereceram. No começo  resisti, mas chamaram a gente de "Catarina careta", mexeram com nossos  brios e acabamos experimentando. 
 Fiquei com uma sensação esquisita, de  baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei  novamente. 
 O garoto mais velho da turma o "Marcos", fazia carreirinho e  cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. ' 
 Ofereceram-me, mas não  tive coragem aquele dia. Retornamos à "Floripa" mas percebi que alguma  coisa tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências  não demorou muito para eu novamente deparar-me com meu assassino  "DRUES". 
 Aos poucos meus melhores amigos foram se afastando quando  comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber eu já era  uma dependente química; a partir do momento que a droga começou a fazer  parte do meu cotidiano. 
 Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada  com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de  porcaria. 
 Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue  ela ficava mais forte o efeito, e aos poucos não compartilhávamos a  seringa e sim o sangue que cada um cedia para diluir o pó. 
 No início a minha mesada  cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o  preço era acessível. 
 Comecei a comprar a "branca" a R$ 7,00 o grama,  mas não demorou muito para conseguir sòmente a R$ 15, 00, a boa que eu  recisava no mínimo 5 doses diárias. Saía na sexta-feira e retornava aos  domingos com meus "novos amigos". 
Às vezes a gente conseguia o "extasy",  dançávamos nos "Points" a noite inteira e depois farra. 
 O meu comportamento tinha  mudado em casa, meus pais perceberam , mas no inicio eu disfarçava e  dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida. 
 Comecei a roubar em casa  pequenas coisas para vender ou trocar por drogas. Aos poucos o dinheiro  foi faltando e para conseguir grana fazia programas com uns velhos que  pagavam bem. Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para  conseguir dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se  desestruturando. Fui internada diversas vezes em Clinicas de  Recuperação. 
 Meus pais sempre com muito amor gastavam fortunas para tentar  reverter o quadro. Quando eu saía da Clinica agüentava alguns dias, mas  logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e  família. 
 Em dezembro de 1997 a minha sentença de morte foi decretada;  descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou  através de relações sexuais muitas vezes sem camisinha. 
 Devo ter passado o vírus a  um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem  camisinha. 
 Aos poucos os meus valores que só agora reconheço foram  acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me  parecia ridículo. Papai e mamãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar  de amá-los. Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu o joguei  pelo ralo. 
Estou internada, com 24kg, horrível, não quero receber visitas  porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas no  fundo do coração peço aos jovens não entrem nessa viagem maluca... 
Você com certeza vai se  arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde demais. 
Obs. Patrícia encontrava-  se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e descreve a  enfermeira Danelise, que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde, de  parada cardíaca respiratória em conseqüência da AIDS.
Se vc se impressionou  como eu, repasse para seus amigos, ou para aquelas pessoas que vc ama  ou tem carinho especial. Porque aviso sempre existe, o que falta é  compreender a dimensão do problema. As vezes é tarde, como aconteceu com  essa jovem, mas a única maneira de evitar isso, é informação, então  divulgue essa carta.  
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Deus nós ama de tau maneira, que não só deu seu unico filho por nós mas nus dar a opição de escolher entre ele é o diabo,é pena que muita gente está escolhendo o diabo!!!!!!
ResponderExcluirNOSSA!
ResponderExcluireu nunca pensei que iria acontecer alguma coisa tão trágica com alguem...
mas eu estava enganado.
aconteceu mesmo!
que isso sirva de exemplo para todos !!!
ResponderExcluiressa é a realidade do mundo
aquela que ninguem consegue enxergar !!!
eu gosto de dar um raiu e não acontece isso comigo
Excluireu sei como é dar uns tiro, graças a Deus percebi o mal que estava me fazendo antes de chegar ao fundo do poço!!
ExcluirCorrijam o nome do blog, por favor...ADOLESCENTE se escreve assim, com "SC". Enquanto ensinamos valores cristãos através de exemplos trágicos como o desta moça, podemos aproveitar para ensinar outras coisas, como a correta grafia das palavras na língua portuguesa....fiquem com Deus!
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