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10/03/2012

O Propósito de Deus para nossa vida






O ser humano não é produto do acaso. Ao criar o homem, Deus tinha um propósito em mente. E enquanto o homem não descobrir o propósito para o qual foi criado, sua vida não terá sentido, e seu interior experimentará um enorme vazio.
E qual será este propósito?
Paulo nos oferece uma resposta sucinta em Romanos 8:28-29. Ali lemos: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Pois os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”
Antes mesmo de nascermos, Deus estabeleceu um propósito para a nossa vida. Ele nos predestinou para sermos conformes à imagem de Seu Filho Jesus Cristo. Predestinar é estabelecer um alvo, traçando a rota pela qual este alvo deverá ser atingido. Quando um avião decola, seus passageiros já sabem de antemão para onde estão indo. Aquele avião está com o seu destino traçado. Porém, caberá ao piloto mantê-lo na rota, a fim de que seu destino seja alcançado. Uma vez que o Espírito Santo é o nosso piloto, certamente alcançaremos o nosso alvo.
E que alvo é esse? Tornarmo-nos semelhantes ao Senhor Jesus.
Em Efésios, Paulo afirma que Deus “nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos, irrepreensíveis diante dele. Em amor nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade, para louvor e glória da sua graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado” (Ef.1:4-6).
Trocando em miúdos, Paulo está dizendo que Deus nos escolheu em Cristo, e estabeleceu o propósito de sermos santos, e irrepreensíveis diante d’Ele. Tudo isso Ele fez por Sua própria vontade, para Seu louvor e glória, sem que para isso tivesse que consultar alguém.
E por que deveríamos ser santos e irrepreensíveis diante d’Ele?
Há pelo menos duas razões para isso:
A primeira é para que sejamos aceitáveis em Sua santa presença.
Um dia haveremos de comparecer diante d’Ele, e nossa vida será submetida à avaliação do Justo Juiz. Se nossa vida houver cumprido o eterno propósito de sua existência, então seremos recebidos por Ele em Sua glória eternal.
João diz em sua primeira epístola que “nisto é aperfeiçoado em nós o amor, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo” (1 Jo.4:17).
O que nos dará confiança diante do juízo divino? A certeza de que se cumpriu em nós o eterno propósito de Deus, e por isso, tornamo-nos semelhantes ao Seu Filho Jesus. Portanto, o desejo de Deus é que tal qual Ele é, nós sejamos neste mundo.
Eis a segunda razão. Devemos revelar Deus ao Mundo, para que isso resulte em glória para o Seu Nome.
Paulo continua: “Nele ( em Cristo ), digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória...” (Ef.1:11-12a).
O propósito de Deus para nós é sermos semelhantes a Seu Filho, e assim, nossa vida produzirá louvor e glória para Deus, o Pai.
O Mundo glorificará a Deus, ao ver em nós o esplendor de Seu Filho. Jesus advertiu-nos:
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt.5:16).
E como saberemos se estamos nos assemelhando a Cristo? Ora, “aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou”(1 Jo.2:6). Na medida em que nos assemelhamos a Cristo, nosso estilo de vida se conforma ao de Jesus. Paulo diz que estava certo de que “aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Cristo Jesus”(Fp.1:6). Este processo é guiado pelo Espírito Santo. É Ele quem completa em nós a obra começada.
E como se dá este processo? Paulo diz que “todos nós, com o rosto descoberto refletindo, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Co.3:18). 
Cabe ao Espírito Santo nos conduzir de um grau a outro de glória, fazendo-nos cada dia mais semelhantes a Cristo, cumprindo assim o eterno propósito de Deus para o ser humano. E quanto a nós? Qual o nosso papel nisso tudo? Devemos ter o nosso rosto descoberto, isto é, devemos estar inteiramente expostos à atuação do Espírito Santo.