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22/05/2010

Os nossos erros

A nossa velha natureza permanece dentro de nós e se manifesta sempre que permitimos que ela atue em todas as áreas de nossas vidas. Nesta reflexão abordarei o nosso relacionamento com nossos próprios erros.


Quando passamos por algum “vacilo” somos bem rápidos em providenciar a justificativa mais adequada para não decepcionar aqueles a quem queremos agradar, seja qual for o motivo.

Assim como Adão, "Senhor, a mulher que me destes como companheira me ofereceu o fruto e eu o comi” (Gn3:12), nós em nossa natureza moldada sob os valores mundanos sempre encontramos a justificativa que do julgamento do outro.

Antes da conversão verdadeira este engano dá certo,cumpre exatamente a sua função de acrescentar à nossa bagagem humana mais uma escapadela da rejeição por parte do nosso grupo de convivência.

Um sintoma presente na nossa síndrome de rejeição é a construção de uma conduta inquestionável,a partir de uma vida sem erros.

Procuramos construir a nossa credibilidade a partir da perfeição nas atitudes em todas as áreas de nossa vida. A afirmação “eu não cometo erro” tem como mensagem subliminar de que quando algo sob nossa responsabilidade não dá certo é devido a interferência de fatos externos e alheia ao nosso controle, e nunca por nossa “culpa”.

Desde que aceitamos Jesus para além do discurso, adotando a prática de segui-lo todos os dias e imitá-lo procurando agradar ao Pai devemos investir pesadamente em uma atitude de extrair de dentro de nós a nova natureza. E esta nova natureza não tem espaço para enganos. Logo, não procede dela a recorrência às desculpas para os meus erros.

Quando optamos por servir a Cristo optamos pela nova criatura. E a nova criatura não serve a homens buscando honrarias e agradecimentos. Apenas serve tendo como alvo o simples agradar a Deus.

Ao deixar de servir a homens para servir ao Pai, perdemos, para a nossa felicidade a condição de encontrar desculpas. Afinal, como encontrar desculpas que justifiquem os nossos erros diante daquele que nos conhece e sabe de todos os nossos caminhos?

Desta forma, o erro tem que ser desconstruído de maneira que se torne uma lição; porém temos que assumi-lo confessando-o primeiramente diante de Deus e em seguida diante dos homens.

A frase “eu nasci de novo” contém o verbo nascer, que pressupõe diante de si mesmo o verbo crescer. O que esperar de um ser vivo recém-nascido senão o seu crescimento?

Se somos “crianças” em Cristo erramos e assim como as crianças no mundo terreno, somos corrigidas pelo nosso Pai. Como deve agir um pai diante de uma atitude mentirosa e enganadora vinda de seu filho diante dos seus erros?

Deus não nos ama proporcionalmente à nossa quantidade de acertos. Ainda bem que Deus nos ama incondicionalmente. Porém Ele espera de nós uma atitude de humildade diante de nossas falhas, ou seja o reconhecimento das mesmas.

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