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20/04/2010

Educação, e formação de carater.

“Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” Filipenses 4:8

O filho adolescente aparece em casa com um piercing no nariz. O pai cristão entra em pânico. Pode ou não pode?

A filha adolescente quer cortar o cabelo igual a última moda daquele grupo musical; a mãe entra em pânico e se pergunta: pode ou não pode?

Regular ou criar regras sobre vestimentas e acessórios é sempre difícil e arriscado. Primeiro porque a moda é muito dinâmica (quando decidimos legislar sobre um acessório ele já ficou obsoleto), segundo porque moda tem relação com cultura e com diferença de gerações.

Mostre para os seus filhos a foto das suas roupas dos anos 70. Mostre o seu cabelo dos anos 80. Eles ficarão horrorizados, aquelas coisas estranhas eram roupas de gente normal? Perguntariam eles.

Pois bem, a primeira coisa que devemos tomar cuidado ao julgar roupas, cabelos e acessórios é: se o julgamento é um julgamento de acordo com a Palavra de Deus ou é um julgamento de acordo com o gosto (estético) pessoal dos pais.

Frases como: “na minha época homem não usava isso” talvez demonstre uma diferença de “geração” (e de gosto), mas não necessariamente de “certo ou errado”.

Muitos pais estranham e se opõem as roupas dos filhos simplesmente por não gostarem ou não entenderem o gosto da moda atual. Note: diferente não é necessariamente errado! Fora do meu gosto estético e fora do meu padrão pessoal de vestimenta não significa necessariamente errado! Eu posso não achar bonito, mas o que Deus acha?

Será que Deus julga a vestimenta tendo como base aquelas vestes judaicas do tempo de Cristo? Ou será que as vestes devem acompanhar a cultura (contudo sem ofender os princípios gerais da moralidade bíblica)?

Entendo que o problema nunca está só na roupa, no acessório ou no cabelo. O problema está no coração e/ou no testemunho.

Há duas coisas que devemos, como pais, verificar quando nos depararmos com algo “estranho” aos nossos olhos.

Primeira pergunta que devemos fazer: o que esse acessório significa nos nossos dias? Note: não é o que significava no seu tempo de jovem! É o que significa na sociedade de hoje!

O uso desse cabelo ou acessório nos nossos dias é identificado com que tipo de valores? São valores que agradam a Deus? Usar essas coisas testemunha ao mundo que tipo de valores? Os nossos filhos seriam identificados com que tipo de gente? Gente que afronta a Deus?

Quando os adereços são identificados NOS NOSSOS DIAS com pessoas ou valores anticristãos não devemos deixar os nossos filhos usarem, pois estariam dando testemunho a favor do mal.

Segunda pergunta: por que nossos filhos estão querendo usar isso? Qual o real motivo no coração deles?

Note bem uma coisa: mesmo coisas legítimas podem ser erradas, se no coração dos nossos filhos estiver o motivo errado para usá-las.

Por que usar esse cabelo/roupa/acessório?

Motivos errados do coração:

- rebeldia (“quero ser rebelde e muito diferente dos outros garotos da minha idade”)

- desejo de “aparecer” (“quero ser diferente de todo mundo para me sobressair diante das outras garotas”)

- desejo de afrontar os pais (“quero usar isso pois sei que meus pais vão odiar”)

- reflexo da confusão interna (“uso essa roupa preta e esse cabelo feio pois refletem a tristeza e a solidão do meu coração”)

- desejo de pertencer a grupos com valores errados (“uso esse símbolo porque é da gangue dos...)

Uma coisa boa pode se transformar em maldição quando o desejo do coração está errado. Mesmo que você julgar que a roupa não comunique em si algo ruim, se notar que o desejo de usá-la é errado, proiba!

Em todos os casos, explique bem direitinho os motivos.

Tem dúvida? Julgue pelos adjetivos bíblicos do texto de Filipenses:

- É verdadeiro?

- É nobre?

- É correto?

- É puro?

- É amável?

- É de boa fama?

Vigiemos, pois nossos filhos são alvos fáceis da indústria da moda e do entretenimento (e do Maligno também).

Coisas que geram duvidas não provem de Deus, ele quer a nossa certeza perante sua glória.


Deus abençoe os irmãos.

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